domingo, 27 de setembro de 2009

VISTAS PANORÂMICAS


3 comentários:

  1. Se não caças ratos, que fazes aí bárbara gata?
    Mimas-me com lânguida descontracção.
    Pra que insciente te admire boquiaberta relaxas.
    A lustroso pêlo repões lambido brilho.
    Por soez desfaçatez, actriz, exibes pura cor.
    Não vá o sol matinal despertar-te a letargia.
    Bicheza, imponderável sussurres o poema.
    Registo a olhar feliz, ressoe, cantata dum vazio.
    -
    Miúdas formiguinhas, as letrinhas se encaminham.
    Grossos óculos terão de ser os do leitor pra discerni-las.
    Quietinhas, linha a linha, contornam sucessivos sinais,
    até irem uma por uma ordeiras sorver inesgotável fim.
    -
    Sons associam-se, e expandem;
    truque alto, quase prestidigitação,
    fazê-los bulhar aliterações;
    em distribui-los consiste engenho.
    -

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  2. ANÁFORA DA VIDA PROBLEMÁTICA EM UM QUASE SONETO:
    Se só uma vez estás vivo,
    se só uma vez dizes Amor,
    se só uma vez salvas Amigo,
    se só uma vez acenas Adeus,
    se só uma vez vives,
    se só uma vez morres,
    se só uma vez vês a Cor,
    se só uma vez vives a vida,
    se só uma vez morres da morte,
    se só uma vez o grão do trigo sepultas
    para dares lugar ao pão para a mesa…
    Porque disse então
    o Jesus Cristo dos paradoxos
    ser preciso nasceres de novo?

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  3. Sonhadas Palavras
    106.230
    20.627
    2ª edição
    10.i.2010
    15h 35min
    A Topo

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